sábado, 17 de maio de 2008

Feito menina, olho para o céu,
buscando respostas
aos meus anseios
e não encontro meios de ler
no mapa dos cometas e asteróides,
a certeza de concretizar os meus anseios.


Olhos nas constelações,
busco encontrar teus olhos...
Fito as galáxias, à procura do teu riso...
que ecoa, como guiso,
pendurado na ponta da lua minguante.
Onde tu estás, senhor do meu poema,
razão das minhas rimas?
Onde estão as tuas mãos que ainda me tocam,
ao sabor dos ventos?
Procuro-te...
procuro-te em meio ao horizonte infinito.
Tão grande!
Tão vasto!
Tão inatingível.


Uma lágrima passeia-me no rosto,
solitária.
Peço aos anjos (sim, creio neles!)
que te levem o meu beijo.
Peço a Deus que te faça perceber
o quanto fazes falta.
Tremeluzem os astros, na amplidão...
e, quando eu já penso que nem Deus me escuta,
eis que me vem a resposta,
no rastro de luz
de uma estrela cadente.


E eu volto, meu amor,
a acreditar que todos os meus sonhos
ainda são possíveis.

"Estrela Cadente"
(lisieux)

sexta-feira, 9 de maio de 2008

THE BEST!

As mulheres são como maçãs...
● As Melhores Mulheres pertencem aos homens mais atrevidos.
Mulheres são como maçãs em árvores.
As melhores estão no topo.
● Os homens não querem alcançar essas boas,
porque eles têm medo de cair e se machucar.
Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão,
que não são boas como as do topo,
mas são fáceis de se conseguir.
● Assim as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas,
quando na verdade, eles estão errados.
● Elas têm que esperar um pouco para o homem certo chegar...
aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore.

(Machado de Assis)

SABOR DO PECADO!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

segunda-feira, 31 de março de 2008

quinta-feira, 20 de março de 2008

SEDUZA-ME!!!?


Seduza-me!

Sem entremeios
Indecisões ou receios.

Me traga flores

Me ofereça estrelas

Colhidas especialmente
Pra mim...
Seduza-me!
Corra o mundo

Invente uma canção
Me faça versos

Que falem de paixão

Brinque comigo
Me faça rir

Me toque
Sem me tocar.
Me surpreenda
Me prenda!

Me conte de você

Da sua vida.

Me olhe nos olhos

E me faça sentir

Um ser especial...

Seduza-me!

Me fale de amor

E de paraíso.
Venha
com beijos
Vinho tinto

E luz de velas

Se for preciso.

Me pegue
Em seus braços

E eu te juro

Que se você
Me chega assim

Não vou saber te resistir...


QUERO AMAR!!!


“Eu quero amar, amar perdidamente!

Amar só por amar: Aqui...além...

Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente

Amar!Amar!E não amar ninguém!

“Recordar?Esquecer?Indiferente!...

Prender ou desprender?É mal?É bem?

Quem disser que se pode amar alguém

Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:

É preciso cantá-la assim florida,

Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó,cinza e nada

Que seja a minha noite uma alvorada,

Que me saiba perder... pra me encontrar...”

[Florbela Espanca]

NOTURNO


"Não sei por que, sorri de repente


E um gosto de estrela me veio na boca..."

[Mario Quintana; Aprendiz de Feiticeiro, 1950]

A MAR E O MAR...


O mar...já não lambe os meus pés...
e tudo é tão sem par.

O insano ficou para trás...

ficou (como a vida) onde deve ficar

...sorvi com angustia e volupia
um pouco daquela magia...


Um grito ficou estancado
em minha garganta...
...um rasgo de alegria!!!

Márcia.Dom


20.03.08 - 08:22

(photo: original e "construção" de Márcia.Dom)

terça-feira, 18 de março de 2008

MEU VERSO É SANGUE. VOLÚPIA ARDENTE...


Desencanto

Eu faço versos como quem chora De desalento... de desencanto...

Fecha o meu livro, se por agora Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente... Tristeza esparsa... remorso vão...

Dói-me nas veias. Amargo e quente, Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca


Assim dos lábios a vida corre,

Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.

Manuel Bandeira

segunda-feira, 17 de março de 2008

MULHER OCULTA

"O CANTO DA SEREIA É BOLERO DE RAVEL"

ENIGMA


QUEM É ESTA SEREIA
QUE ME HABITA A CADA INSÔNIA E COM SEU CANTO LAMURIOSO DESVENDA MEU AVESSO? QUEM É? ESTA MULHER OCULTA POR LONGAS MADEIXAS QUE ME DESPE A PELE ME DEFLORA SEM PÂNICO EM QUERER ORA CÚMPLICE ORA CÉPTICO INCENDEIA-ME VÍSCERA POR VÍSCERA. TRANSFORMANDO-ME NUM GRANDE DILÚVIO DE DESEJOS E MEDOS.
QUEM É?


by Andréa Motta
13/10/05

http://jardimdepoesia.blogs.sapo.pt/2005/10/


(Márcia.Dom - 10:27 - 28.10.07)

MÁRCIADOM`S FOTOLOG - SOMEWHERE IN TIME

http://www.fotolog.com/marciadom

domingo, 16 de março de 2008

HOMENAGEM À MULHER

Mulher Abstrata

Sou quem sou, simplesmente mulher, não fujo, nem nego,
Corro risco, atropelo perigo, avanço sinal, ignoro avisos.
Procuro viver, sem medo, sem dor, com calor, aconchego,
Supro carências, rego desejos, desabrocho em risos...

Matéria cobiçada... na tez macia, no calor ardente.
Alma pura, envolta em completa fissura. Sem frescuras!
Encontro prazer na forma completa, repleta, latente.
Meretriz sem pudor,mulher no ponto, uva madura!

Sou quadro abstrato, me entrego no ato à paixão que aflora.
Sou enigma permanente, sem ponto final, sem continências,
Sou mulher tão somente, vivendo o momento, sorvendo as horas.

Sou pétala recolhida, sem forma, sem cor, completa em essência.
Exalo a esperança, transpiro vontades.
Não me tenhas senhora.
Sou mulher insolúvel, nada volúvel.
Vivo a vida em reticências...

Ângela Bretas

DESLUMBRADA COM A POESIA DO MIA COUTO.

"Foi para ti

que desfolhei a chuva

para ti soltei o perfume da terra

toquei no nada

e para ti foi tudo


Para ti criei todas as palavras

e todas me faltaram

no minuto em que falhei

o sabor do sempre


Para ti dei voz

às minhas mãos

abri os gomos do tempo

assaltei o mundo

e pensei que tudo estava em nós

nesse doce engano

de tudo sermos donos

sem nada termos

simplesmente porque era de noite

e não dormíamos

eu descia em teu peito

para me procurar

e antes que a escuridão

nos cingisse a cintura

ficávamos nos olhos

vivendo de um só olhar

amando de uma só vida".


Poema de : Mia Couto – "Para ti"

***

Márcia.Dom
13.03.08 - 19:50

sábado, 15 de março de 2008

**AREIA MOVEDIÇA**


Sou, assim, inquieta...

...feito areia movediça

como dunas inconstantes

mudando a paisagem dos desertos


como a amor que entristece

e alegra... em frações de segundo


como a paixão que arrebata

e queda o ser inerte ...

antes e depois do ato...


sou como a lua,

ora crescente,

ora minguante,

pálida ou exuberante...


sou um ser em crescimento
vivendo a vida...

mutável em cada momento

sou como o rio que se renova,

escorre, inunda, esvai
e nunca é o mesmo...


(by Márcia.Dom)

09/05/2006 09:00

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ESTÃO PROTEGIDOS PELOS DIREITOS
AUTORAIS
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CORAçAO APRISIONADO

Coração frio
Vazio...doído
Balão de festa murcho...
no ar perdido

Sem dono ...arrependido
Vagando a esmo...a volejar
Lacrado...proibido de sentir
Proibido de amar.

Folha seca...em fim de outono
Esvoaçando...se sustentando
Como...como?
Manobrando o ar

Chão entumessido
Terra ressequida...
Poeira...abandono...
Vontade de chorar.

Lágrima caída...vertida
Sem dono...escorrendo...
Estancando um rio escondido...
A se lamentar!!

Pele sem arrepio
Beijo sem sonhar
Desejo arrefecido
Sem vontade de acordar.

(Márcia.Dom)
28.02.08 - 18:30h

sexta-feira, 14 de março de 2008

DESEJO DE TE AMAR

Já não tenho palavras...

Só um coração que pulsa...pulsa...

Incansável...conjugando o verbo “amar”!!

O amor sintetiza ...
corre nas veias...intrépido...frenético
e torna a vida um mar de emoções.

Os olhos viram estrelas...

A boca um pomar...

O corpo indolente...só...
relembrando um desejar


"Desejo de te amar"

(Márcia.Dom)
fev/08

MOMENTO DE DEVANEIO

LIVRE-ARBÍTRIO

De repente... um apego
Sede de palavras... versos... sonetos
Sonhos e pensamentos

Um sentimento singular
Vontade de voar...parar o tempo
Beber o vento e banhar no mar.

Viver a vida como pássaro
Ao bel prazer do vento
Livre em revoada pelo espaço

Céu azul...areia...natureza
Os cabelos rebeldes...pés descalços
Ser sereia...ser diáfano...só beleza


Sem ponteiros...sem amargura...sem ungüento.
Vida doce ...doce água bebida na cuia
Nada que não seja só momento...

(Márcia.Dom – 11fev 08:47)

HOMENAGEM AO DIA DO POETA

"Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu".

By Fernando Pessoa

quinta-feira, 13 de março de 2008

"EU SOU O VENTO QUE ANDA".

Eu sou o vento que anda...

Ouça o meu sussurrar em teus ouvidos
Sinta o meu toque suave em teu rosto...

Não importa a distancia...
Com os meus longos dedos ...
Enxugarei a tua lágrima de dor...

Quando o teu sorriso abrir em alegria...
Tua boca me absorverá
E eu viajarei dentro de ti...produzindo vida.

Observe o silencio...
e...ouvirás o farfalhar de meus passos
Que rondam...perto de ti.

Por onde fores estarei presente...

Tu me verás...

Na folha que cai...
Na flor que estremece e desabrocha...
No eco sonoro da musica que no ar se esvai...
Nas gotas finas da chuva sobre as rochas...

Nos indizíveis suspiros exalados em “ais”

No rumor dos carros que passam pela rua...
Na estrela cadente... batizada de “desejo”...
Nas nuvens que cobrem ora o sol ...ora a lua...
No ardor do estalar de um beijo...

E...até mesmo ...na solidão do teu leito
Me verás...

No esvoaçar... suave e ritmado da cortina.

No reflexo do espelho...
Que registra a tua eterna rotina...
...teus espaços.

No pulsar do coração em teu peito.

E ...quando...finalmente me conheceres...
Tu me reconheceras...
pelo som dos meus passos.


09:46 – 16.11.07

(Márcia.Dom)